quinta-feira, 4 de março de 2010

JUSTIÇA E JULGADORES

Vi ontem um pronunciamento no Senado Federal, do Senador Demóstenes Torres (DEM-GO), com aparte do Senador Athur Virgilho (PSDB-AM), dois grandes conhecedores do tema. Com aquele pronunciamento, clareou mais ainda a idéia do papel do julgador. Vejamos um fato histórico. Se Jesus Cristo viesse ao mundo hoje, passando pelas mesmas circunstancias daquela época, de 2.000 anos atrás, a Corte Julgadora, representada pelo Governador da Província, Pilatos, que lavara ás mãos, para demonstrar o desprendimento com a causa e dissera “não encontro crime algum para condenar este Homem” e ainda, como era de costume, à época da Páscoa soltava-se um criminoso, colocou então Jesus e Barrabás, conhecido ladrão e criminoso, para democraticamente se decidir quem iria ao “sacrifício”, o povo gritou, “solte Barrabás e crucifique Jesus”. Pois bem, os julgadores de hoje, não realizam seus julgamentos com ênfase no clamor popular, mas com fulcro nas Leis. Exceção talvez apenas num fato que se tem notícia. Dizem, que num certo Condado, mundo afora, um douto Juiz, ao sentenciar nos altos de um processo de cassação de um político, sustentou seu julgamento, argumentando que se fazia a vontade do povo. Ontem eu vibrei com o aparte do ilustre Senador Arthur Virgílio, no pronunciamento do também Senador Demóstenes Torres, quando disse, se o julgador abandona ás Leis, para demagogicamente, dizer que sentencia para atender o clamor popular, ele deve deixar a “Toga” e ir fazer política eleitoreira, pois é aí que a demagogia tem encontrado grande respaldo.

Produzido por Marcondes Teles.

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